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Ferrari 126C2

 

O Ferrari 126C2 é um marco na história da Ferrari, simbolizando um regresso triunfante da Scuderia à competitividade na Fórmula 1. Introduzido em 1982, o 126C2 marcou a era dos motores turbo e foi crucial para a Ferrari numa temporada de altos e baixos. Este carro é recordado tanto pelas suas vitórias como pelos momentos trágicos que marcaram o campeonato.


Desenvolvimento e Inovações

Sucedendo ao 126C, o Ferrari 126C2 trouxe melhorias substanciais em termos de chassis e aerodinâmica. Desenhado por Harvey Postlethwaite e Mauro Forghieri, o carro utilizava um chassis de monocoque em alumínio e foi desenvolvido para tirar o máximo partido da aerodinâmica de efeito solo, que dominava a Fórmula 1 na época.


O motor V6 turbo-alimentado foi o coração do 126C2, uma evolução do primeiro turbo da Ferrari. Com melhorias de desempenho e fiabilidade, proporcionava uma potência incrível, fazendo da Ferrari um dos carros mais rápidos da temporada.


Ficha Técnica do Ferrari 126C2



  • Motor: 1.5L V6 turbo-alimentado
  • Potência: Aproximadamente 600 cv às 11.000 rpm (650 cv em qualificação)
  • Transmissão: Manual de 5 velocidades
  • Peso: 580 kg
  • Chassis: Monocoque em alumínio
  • Suspensão Dianteira: Braços duplos com push-rod
  • Suspensão traseira: Braços duplos com molas helicoidais
  • Travões: A disco ventilados
  • Combustível: Gasolina de alta octanagem


Época de 1982: O Desafio

A temporada de 1982 foi uma das mais dramáticas da história da Ferrari. Embora o Ferrari 126C2 se tenha mostrado competitivo, o ano ficou também marcado por tragédias e desafios.

  • Grande Prémio do Brasil: O carro começou bem, mostrando grande potencial com Gilles Villeneuve no carro número 27, mas a equipa ainda procurava a vitória.
  • Grande Prémio de San Marino: Foi uma das corridas mais controversas da Ferrari, com Villeneuve e Didier Pironi numa batalha interna pelo primeiro lugar. Pironi desobedeceu às ordens da equipa, ultrapassando Villeneuve e vencendo a corrida, o que levou a uma rutura na relação entre os pilotos.
  • Grande Prémio da Bélgica: Infelizmente, esta prova ficou marcada pela morte de Villeneuve num acidente durante os treinos de qualificação. O carro número 27, que conduzia, tornou-se um símbolo da sua paixão e determinação nas pistas.


O Número 27: Gilles Villeneuve


O carro número 27, conduzido por Gilles Villeneuve, é um dos mais icónicos da história da Ferrari. Villeneuve era amado pela sua bravura e estilo de condução agressivo, e a sua morte foi um choque profundo para o mundo do desporto automóvel. O 126C2 com o número 27 foi o último carro que pilotou, e a sua associação com este número continua a ser venerada pelos fãs da Ferrari até hoje.

Villeneuve era conhecido pela sua capacidade em extrair o máximo do carro, mesmo em condições adversas, e o 126C2 não foi exceção. A sua batalha com Pironi no Grande Prémio de San Marino é recordada como um dos momentos mais intensos da história da Ferrari.


Legado

O Ferrari 126C2 garantiu à Ferrari o Campeonato de Construtores em 1982, mas a temporada ficou marcada pelas tragédias que envolveram Villeneuve e Pironi. Ainda assim, o automóvel estabeleceu a Ferrari como uma força dominante na era dos motores turbo, e o número 27 de Gilles Villeneuve tornou-se um dos símbolos mais duradouros da Scuderia.

A combinação de inovações tecnológicas, desempenho excecional e a memória de Villeneuve fazem do Ferrari 126C2 um dos carros mais respeitados da história da Fórmula 1.











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